A revolução científica do século 16 nos levou a realidade. Quando Copérnico publicou em 1543 o livro ‘De revolutionibus orbium coelestium’ mostrando que a Terra girava em torno do Sol, quando Galileu em 1638 escreveu o tomo ‘Discorsi intorno a Due Nuove Scienza’, o homem se transfigurava. Essas duas obras traziam um novo marco da espécie humana em relação a Natureza. O seu contato com o mundo natural se daria através da realidade.
O encontro com a realidade mostrava que o Universo é feito por leis físicas, as quais são permitidas ao homem conhecer. Definitivamente, um novo elemento se introduzia na vida do homem: a virtualidade. O homem conquistava o direito de transitar do virtual ao natural. Viajar pelo espaço psicológico em busca da realidade.
O mundo natural ficava no passado. De caçador, coletor, agricultor, o homem se tornava navegador do psi. Uma nova relação acontecia. Entre o natural e o real haveria um Oceano da Virtualidade a ser atravessado. No lugar das Grandes Navegações a partir do mar em branco de uma folha poderíamos trafegar símbolos capazes de modificar o mundo natural.
