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Política é o compromisso com o todo. O de encontrar um contexto que justifique nossa presença no Mundo. Uma percepção de História que nos faça sentir dentro de um conjunto. A vida é passageira e os homens querem se sentir dentro de uma espécie. A política deve ser a arte a nos retirar da individualidade. A de encontrar um rumo para o homem sair de si e se conectar com a Natureza e a Sociedade.

A época nos chama a inaugurar uma nova política, entretanto, para chegar ao Mundo deverá ter de suplantar a realpolitik. Aquela que privilegia a economia. A considerar que a Terra não gira em torno do Sol, mas em volta de bancos. A partir de seus papéis, vivemos os nossos invernos e verões.

A entrada de milênio nos abre uma chance de fazer História. Arriscar coisas novas. Buscar um comportamento político diferente a nos retirar da fila dos pobres de espírito. Encontrar uma proposta original, a dizer que a sociedade não é uma simples conseqüência das relações capital – trabalho. Contudo, nos falta uma nova consciência política capaz de ir além dos bancos e da luta de classes. Redescobrir a origem.



Chegamos a Era do Conhecimento e falta introduzir o conhecimento na consciência política. Debate político não é simplesmente tratar de corrupção e economia. Os economistas confudem capitalismo com dinâmica do conhecimento. Quando dizem que o capitalismo teve três décadas de desenvolvimento impressionante (1980 – 2010) não retratam o significado de dinâmica do conhecimento. Esquecem o incrível desenvolvimento da informática. Às vezes, parece que os economistas só existem para fazer fofocas conjunturais.

Os economistas juntam-se a mídia para buscar poder. Nessa época da complexidade, chegam para confundir. Tratar a política em termos de economia e corrupção. É famosa a expressão na eleição americana de 1992 quando o marqueteiro de Clinton, James Carville disse: ‘ É a economia, estúpido’. Idiotas somos nós, em acreditar que os aspectos econômicos são os mais relevantes. Parece que ninguém consegue olhar para a presença da dinâmica do conhecimento. A sua História passa ao largo.

Estamos em falta com o conhecimento como agente da História. Não prestamos atenção de que emprestar espaço psicológico se tornou um novo tipo de poder, assim como, foi emprestar dinheiro na Renascença. Contudo, a mídia prefere enfatizar a novela da corrupção. A criar dramas de bem e mal com o dinheiro público e esquecer o significado de História. Igual a novelas criar mocinhos e bandidos, entreter o público, e ao final, ficar com a bilheteria.

As novelas são sempre assim. Feitas para entreter acabam se afastando da significância. Editora-se corrupções e nos desviam da História. Derrubam o público e instalam o privado. Nunca faltaram contos e fatos a respeito de assalto ao erário público. O próprio Marx considerava impossível conduzir adequadamente a administração pública sem enfrentar os interesses de grupos empresariais. E observa: ‘As enormes somas que passam pelas mãos do Estado dão oportunidades para fraudulentos contratos de fornecimento, corrupção, suborno, malversações e todo tipo de ladroeira entre os órgãos de administração pública e seus contratos’.

A História não é novela. O caminho de um povo é prá valer. Não é feito de acusações momentâneas. Possui causas e conseqüências a discutir. Conforme a escolha de princípios, podemos ser levados a virtuose ou ao caos. No cenário atual metade da riqueza mundial está nas mãos de 1%. Uma mudança precisa acontecer. É tempo de colocar o conhecimento na mesa da Nova Política. Que partido se habilita a falar do conhecimento como agente de História? Precisamos pensar uma nova política. A política é que nos leva a conceber o estado, a sociedade, o mercado. A estabelecer o sentido de público. Negar a política é errado. Precisamos nos envolver com a política para a melhorar. Esse é o desafio ao conhecimentista. Despertar a época ao plano da dialética do conhecimento.

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