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A História chega a sua Era do Conhecimento. Momento em que a compreensão do conhecimento como um dos elementos formuladores da História desafia o pensamento humano. A nova estruturação está em associar o conhecimento ao trabalho e capital. Formularem a tríade originária dos eventos do século 21.

O Brasil necessita de encontrar um caminho para chegar à Era do Conhecimento. Ultrapassar a visão iluminista e estar relacionado à economia do conhecimento. O conhecimento ir além da razão e se tornar um gerador de bens. O desafio está em que o conhecimento como gerador de riqueza requer a integração entre educação-ciência-inovação-vendas. Difícil tarefa. Árduo desafio político. Principalmente, a um país que não participou da revolução científica 16 e de nenhuma das quatro revoluções industriais.

O Brasil necessita passar por uma política pública capaz de abranger o conhecimento. Os dados do PNAD Continua de 2018 mostram que o Brasil possui 11,3 milhões de analfabetos. Cerca de 40% da população de 25 anos ou mais nem sequer conclui o ensino fundamental, 53,4 milhões de pessoas não conseguiram completar o ensino médio. Ao mesmo tempo a sua indústria decai. O resultado geral é a estagnação.

O Brasil vive a Idade Média da Era do Conhecimento. Não faltam pragas. A primeira é a desconfiança da população com a ciência. A pesquisa divulgada pela revista Science mostra que um terço dos brasileiros desconfia da ciência. Apenas 13% dos brasileiros entrevistados afirmam ter muita confiança na produção cientifica. No ranking dos países que mais confiam na ciência, o Uzbequistão está no topo, seguido do Tajiquistão e Irlanda. Entre 144 nações, o Brasil ficou em 111º lugar.

Nesta pesquisa, ‘Welcome Global Montor 2018’, feita entre 140 mil pessoas de 144 países, mostra que um terço dos brasileiros desconfia da ciência. Quase metade dos brasileiros afirmam que ‘a ciência discorda da minha religião’, e desses, 75% disseram que ‘quando a ciência e religião discordam, escolho a religião’. No mundo inteiro, somente 18% das pessoas afirmaram ter muita confiança na produção científica.

A segunda praga é a educação. De acordo com dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) divulgados em 2017, mais da metade dos alunos do 3º ano do ensino fundamental brasileiro tinham nível insuficiente de leitura e matemática. A evasão no ensino médio é de 700 mil alunos por ano. Trazendo um prejuízo ao governo de quase 4 bilhões/ano. O país tem somente 18% de jovens de 18 a 24 anos no ensino superior, um percentual muito baixo.

A terceira praga é a indústria. Ao mesmo tempo nosso setor industrial sofre uma involução. Segundo o relatório da UNIDO (2018), enquanto a transformação industrial cresceu de 3,6% em 2018, o Brasil recuou 0,4%. O país precisa urgentemente de uma política industrial para não perder as janelas da oportunidade. Não ficar permanentemente para trás na corrida do desenvolvimento. Segundo dados do IBGE, a indústria nos últimos quatro anos, desde 2014, perdeu 1,1 milhão de empregos e reduzir os salários em 14,7%.

A questão é se o Brasil irá participar da Era do Conhecimento ou se submeterá a ser um país de serviços e revendas. O país necessita criar uma política conhecimentista capaz de agregar valor as suas riquezas naturais. O Brasil tem de conduzir uma política pública capaz de transformar essa realidade brasileira. Abranger o processo de conhecimento. Levar a mais pessoas o direito de participar da Era do Conhecimento. Essa é uma discussão fundamental a ser realizada.

Por MELK

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