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A revolução industrial do século 19 trouxe a relação capital – trabalho. Mostrou que esses elementos andam juntos na História de forma contraditória e complementar. Permitiu com que os últimos 150 anos de marxismo polemizasse a retórica capital – trabalho.

Estamos com a necessidade de um novo discurso. A eleição 2018 girou entre os pólos petismo e antipetismo. A questão se torna em ir além. A começar por entender o esgotamento dessa contradição. Essa dúvida não é apenas para políticos, como para historiadores, sociólogos, economistas se debruçarem. Procurarem um novo espaço de História em que o Brasil possa se libertar dessa polarização.

Uma resposta está em entender que o cansaço do petismo ser devido a relação capital-trabalho não mais conseguir cumprir seu papel histórico. Estamos num período de transição. Uma nova relação histórica desponta. O Mundo entrou em sua quarta revolução industrial. A época digital está a transformar as relações de trabalho.

A sociologia do século 19 de Durkheim, Weber e Marx não mais satisfazem a leitura do Mundo. Uma grande mudança acontece a respeito do significado de trabalho. Emerge a noção de trabalho produtivo. O progresso tecnológico trouxe um enorme ganho de produtividade e afetou as relações trabalhistas. O trabalho não mais se destina a glorificar a Deus nem a revolução está em os trabalhadores tomarem os meios de produção. A importância se deslocou para o capital cultural. Ele se tornou a nova frente de dinâmica.


A História do século 21 recebe uma mudança qualitativa. Chega a Era do Conhecimento e chama as nações a esse novo tempo. Um salto qualitativo acontece. Compreende que as desigualdades sociais e atraso podem ser resolvidas pela geração de conhecimento. Há uma nova utopia a ser encarada. A da possibilidade de melhora do padrão de vida a partir do que se é capaz de escrever numa folha em branco.

Incrivelmente, chegamos ao momento em que as coisas saem da folha em branco. É quando definitivamente o conhecimento surge como novo elemento construtor da História. Estamos numa Era do Conhecimento onde da visão iluminista o conhecimento passa a ser um condutor da produção e da organização social. De esclarecedor passa a construtor da sociedade.

A Era do Conhecimento se torna a manifestação de três elementos. O Mundo vive outra dinâmica. A do conhecimento ser inserido ao lado do capital e trabalho. A construção das sociedades 21 está a depender da tríade trabalho – conhecimento – capital. Os três elementos a formarem o sistema produtivo. As bases para o crescimento econômico. Sobre eles, deve-se pensar em como construir uma nação.

Ajustar a integração desses três elementos é o desafio. O pensamento humano gosta de tríades. Entretanto, seja a tríade religiosa (Pai, Filho, Espírito Santo) ou a científica para os quarks (simetria entre três cores) – representam uma postura natureza formal. Impostas de cima para baixo. Diferentemente, a tríade trabalho-conhecimento-capital deverá ser construída por ajustes diários. Através dos erros e suores humanos.

O Brasil necessita ir além das versões PT e anti PT. O país necessita enfrentar a História. Não fazer uma volta-vou-ver à guerra fria. Construir sua proposta a respeito da junção entre trabalho, conhecimento e capital. Neste contexto histórico fazer sua caminhada. A de libertar o trabalho para um valor maior. A evolução darwiniana foi feita em cima do trabalho, e sobre a folha em branco o século 21 vai além do sentido clássico de trabalho. Em vez de ser país Bacaxi ser primeiro país no Mundo a colocar em prática a relação trabalho-conhecimento-capital.

A História desafia o Brasil a sair de velhas discussões a respeito do iluminismo e comunismo. Ir além do espectro entre Augusto Comte e Marx. Existe uma nova força da História a ser compreendida. O século 21 se manifesta através da Era do Conhecimento. Esse é o desafio a enfrentar dentro da conjuntura mundial. Inserir o país na 4ª revolução industrial. Libertá-lo de ser um empório de serviços e revendas.

Uma proposta nova há de nascer. Desafia o nosso tempo. A da capacidade do país em inserir o conhecimento juntamente com o trabalho e o capital como protagonista da História. Mostrar sua capacidade de produzir desenvolvimento a cuidar da desigualdade social e do atraso. Produzir riqueza e emprego. Nenhum político, juiz ou general estabelece os caminhos de uma nação. É a força da História agora através da correlação entre trabalho, conhecimento e capital que precisa ser entendida.

Por MELK

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