PEDIDO DE FALÊNCIA DA ODEBRECHT PELA CAIXA É CHOCANTE, DIZ PRESIDENTE DO CLUBE DE ENGENHARIA

Pedro Celestino falou à TV 247 sobre o pedido de falência da maior construtora do país, a Odebrecht, pela Caixa Econômica Federal. “O papel do governo é preservar as empresas. Que se punam os dirigentes, mas que se preservem as empresas e os empregos”, ressaltou.

O presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, em entrevista à TV 247 nesta sexta-feira 4, comentou o pedido de falência da empresa Odebrecht, maior construtora do Brasil, pela Caixa Econômica Federal. Celestino classificou o pedido como “chocante” e ressaltou que este não é o papel do governo, representado pela Caixa neste caso.

Pedro Celestino defendeu a punição dos envolvidos em corrupção no grupo Odebrecht, porém, frisou que a empresa e os funcionários têm de ser preservados. “O papel do governo é preservar as empresas. Que se punam os dirigentes, mas que se preservem as empresas e os empregos, isto é que está errado, por isso é chocante esta atitude da Caixa Econômica Federal”.

Ele falou da importância e do tamanho da Odebrecht e destacou que o governo federal deu o “tiro de misericórdia” na maior representante da engenharia brasileira. “A destruição das nossas empresas de engenharia e a desindustrialização que está em curso no Brasil nos remeterá novamente à condição colonial. A Odebrecht é símbolo da nossa capacidade empreendedora, estava presente em 41 países, nos Estados Unidos, na Alemanha, em Portugal, na França, na Inglaterra, na África, no Oriente Médio e está de joelhos, e agora leva o tiro de misericórdia desferido pelo próprio governo federal, por uma instituição do governo federal”.

Celestino disse ainda que o desmonte do setor de engenharia começou com a Operação Lava Jato, que feriu a moral das empresas da área. “Esse estrago da engenharia não é somente do governo Bolsonaro, vem de 2013, quando a Operação Lava Jato, sob a capa de combater a corrupção, atingiu moralmente as empresas”.

Por Pedro Celestino