Fale Conosco 24 98865-8984

Os 500 anos de Brasil chegaram a um ponto delicado. O de um país diante do novo cenário da História. O Mundo chega a sua Era do Conhecimento. Estamos diante de uma nova dinâmica a afetar as relações de produção, trabalho, comércio.

— Como o Brasil vai se posicionar?

Ao lado, da chegada da Era do Conhecimento e suas magias a promover um novo relacionamento do homem com o meio ambiente, estamos diante do declínio da relação capital-trabalho. Desde os anos 1980 de Reagan e Thatcher que o capitalismo financeiro vem em crescente. Ao mesmo tempo o significado de trabalho se transforma com o desenvolvimento das tecnologias digitais.

O resultado é que ao lado do aparecimento da Era do Conhecimento surgem as perdas da razão econômica e do significado de trabalho. Duas grandes rupturas ao significado de valor. O capitalismo produtivo foi substituído pelo capitalismo financeiro. A jornada de trabalho que desde meados do século 19 aconteceu a partir do movimento operário foi substituída pela disponibilidade de mão-de-obra.

Estamos no Mundo encantado das maravilhas tecnológicas que ao mesmo tempo impõe a ordem financeira e diminue o trabalho. A imensa maioria da população vive sob essas condições. A de ter de sobreviver diante de uma lógica que se tornou excludente.

O momento é o de erguer uma nova voz. Pulsar uma nova História. Estabelecer uma nova relação entre conhecimento, trabalho e capital a subverter o capitalismo financeiro e a precarização do trabalho. Um desafio a redefinir um novo marco de valores.

— Quem se anima?

Neste contexto, o Brasil deve se posicionar. O país não consegue se inserir na Era do Conhecimento. Está a perder sua capacidade produtiva. Não consegue fazer frente a hegemonia financeira e a aceleração do processo de globalização das trocas comerciais. Ao lado de uma época a perder sua razão econômica e significado de trabalho o país é levado a uma volta ao passado. Ao neocolonialismo de exportador de commodities.

Estamos numa Idade Média. O significado de conhecimento foi perdido. Caímos no obscurantismo. Vivemos uma educação atrasada, indústria defasada, falta de consumo. Os ingredientes a não ligar a regra de ouro Era do Conhecimento que é a de estabelecer a relação conhecimento-capital. Necessitamos de vendas e consumo a apoiar o desenvolvimento do conhecimento.

A idade das trevas brasileira diz respeito a sua não-produção de conhecimento. Não posicionar um desenvolvimento próprio diante do panorama mundial. Ser capaz de produzir um conteúdo nacional. Participar da dialética do conhecimento a relacionar conhecimento e capital.

— Como despertar a ressurreição brasileira?

A História traz um novo desafio aos povos em sua Era do Conhecimento. O de integrar trabalho-conhecimento-capital. Dessa tríade retirar suas formas de produção e relações sociais. Estamos diante da necessidade de implementar um novo grupo de valores. A exigir uma nova cultura política.

A questão é o quanto a Idade Média brasileira está preparada a despertar esse novo contexto. Dar início a uma ressurreição. Rasgar esse céu de submissão. A grande luta do povo brasileiro é a de desenvolver seu conteúdo. Uma caminhada a inserir o conhecimento como elemento de História.

O Brasil necessita construir uma voz diante desse novo campo de valores. Formular um discurso de Nova Ordem. Sair de jargões antigos como as lutas pela democracia, socialismo, neoliberalismo, igualdade, e se colocar diante do paradigma da Era do Conhecimento. O de entender o conhecimento como o novo elemento ativo da História. Neste século 21 a saudabilidade de uma sociedade está na integração entre conhecimento-trabalho-capital. A gerar economia do conhecimento, sociologia do conhecimento, política do conhecimento.

Segundo os historiadores a Idade Média finalizou com a queda de Constantinopla. Desta vez, as quedas do valor do trabalho e do dinheiro, estão nos levando a um novo tempo. A enfrentar não mais a travessia do Atlântico, mas o espaço virtual que a mente humana guarda dentro de si.

O desafio a essa nova ordem é a perspectiva ao Brasil sair de sua Idade Média. Estamos à espera de novos atores. Neste quadro deve surgir a figura do conhecimentista. O novo personagem da História a se entendido. Alguém a representar a História além do operário e burguês. O personagem a levantar a bandeira do conhecimento.

A História se move por contradições. Num Brasil ladeira abaixo abre-se espaço ao surgimento do conhecimentista. A voz de esclarecimento à nos retirar da Idade Média. Estamos diante de um momento novo. Como disse o Papa Francisco: ‘ quanto mais escura é a noite, mais próxima é a aurora’.

Por Melk

Deixe um comentário