A História nos desafia. Uma nova compreensão é esperada. Tempos daqueles que procuram a profundidade dos acontecimentos. A entender o mistério das coisas. Essa aventura os chama. A de que os dias que passamos carregam uma História com destino.

Entre dias e noites estamos a procura de uma causa. De um novo ingrediente a conduzir a História. Entendemos que o século 21 e sua Era do Conhecimento estão trazendo uma nova determinação. A do conhecimento como o novo elemento na composição da História. O novo tronco a nos agarrarmos no rio dos acontecimentos.

A perda da vitalidade do marxismo enfraqueceu a classe trabalhadora. O seu espaço reinvidicatório foi tomado pelo discurso das minorias. Direitos civis de negros, índios, mulheres, gays vieram à tona. Uma discussão mais voltada aos costumes. Estamos numa época de muitas vozes fragmentadas. Um ruído onde a complexidade social aumenta e necessitamos encontrar uma visão mais unitária da História.

A roda da História girou. Após 150 anos, o marxismo não mais consegue liderar a compreensão dos acontecimentos. A época exige uma nova narrativa. Um novo tempo nos espera. Mas, igualmente a Colombo, necessitamos atravessar um mar. Ninguém se depara com o novo sem defrontar as intempéries de sua época.

Estamos impelidos a aportar numa nova época. Marx investigou o valor do trabalho. Esse foi o tema da Revolução Industrial. O de promover a relação entre capital e trabalho. Hoje, numa Era do Conhecimento o valor cognitivo vem à tona. Necessitamos ir além das visões iluminista e marxista. Sair dessa terra firme. O novo tema a desfraldar é o valor do conhecimento. Mostrar que 500 anos após a Revolução Científica de Galileu o conhecimento ultrapassa sua visão iluminista e impõe três novas dinâmicas. As de gerador de inovações, criador de mercados e novo interprete das oportunidades sociais. Do valor do trabalho, valor do capital, a civilização chega ao valor do conhecimento.

O valor do conhecimento necessita ser estabelecido. Contudo, antes de o levar ao fervor político a sua questão está no discernimento intelectual. Abrir sua perspectiva. Saber integrar sua visão iluminista com a da economia do conhecimento. O conhecimento não mais pode estar dissociado do capital. Uma nova sabedoria nos espera.

Do manifesto comunista de 1848 a 2018 cerca de 7 gerações passaram sob a égide da relação capital-trabalho. Estamos em transição. O novo tempo histórico é o de estabelecer o valor do conhecimento através da dialética do conhecimento. Há um novo diálogo a ser construído. Aquele a se importar com o valor do conhecimento. A nova moeda de abre-alas pirlimpimpim…!

Por MELK